Sobre a estrutura social e a Universidade de São Paulo Por Gabrielly Oliveira A proposta dos movimentos sociais negros da USP até o momento é que se adote a política formulada pela Frente Pró-Cotas, que ajustando-se a realidade da USP atualmente (com ENEM e FUVEST), encontrará vias para que se efetivem as cotas nos vestibulares de maneira realmente inclusiva em lugar de falsas bonificações e medidas como o ingresso pelo SISU – com suas notas mínimas surreais – que são mecanismos utilizados para solapar e silenciar quaisquer argumentos que caminhem no sentido de uma inclusão verdadeiramente social e racial nesta universidade. A Universidade de São Paulo, no entanto, ostenta e insiste, em e-mails estarrecidos, sua hierarquia nos grandes rankings mundiais, além de se postular uma instituição com passado a ser preservado e demonstrar uma suposta preocupação com o retorno que deve ao restante da sociedade – retorno esse, restrito às classes sociais mais privilegiadas. O que fica são indícios de um ufanismo uspiano e a pergunta permanece: “Por que a USP não tem cotas?”. Um profundo processo de democratização da universidade passa por esse caminho, que significa algo que vai além de si mesmo: é o reconhecimento de toda sorte […]
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